terça-feira, 12 de abril de 2011

Chatas da manhã

 São 3 horas da manhã. São 3 horas da manhã e eu escrevo-te. Escolho quase sempre as 3 horas para o fazer porque a amargura é sempre mais escabrosa e eu gosto. Sempre fui frágil à noite. Há noite, tudo é mais penoso, mais sentido e mais desgastante. Há noite, as lágrimas não se ocultam, as cicatrizes não se esbatem e as feridas que estas escondem abrem. São 3 horas da manhã e eu tenho ao meu lado uma chávena de café e um prato cheio de tostas barradas com a tua manteiga favorita. Hoje o céu não está estrelado e a noite continua a ser penosa. Então pergunto-me: e a saudade por baixo da cicatriz? que tipo de amor a cura?

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