Tu dizias-me que as pessoas eram mais que os seus nomes. Que as pessoas eram mais que um nome repetido pelo mundo fora. Para ti, o nome não interessava. Não gostavas de etiquetar pessoas, mas gostavas que elas te etiquetassem. Cada uma à sua maneira. Não só um nome, mas vários. Gostavas de ter várias molduras, não vários nomes, várias molduras cedidas pelas pessoas. Sempre que te chamava Luís desleixavas-te nas palavras e eu retrocedia o momento e intrometia de novo tudo sem o teu nome. Inventava uma etiqueta nova e aplicava-te. Sentias-te em casa.
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